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Atuação de Shirley Krenak e seus irmãos em recuperação de área degradada

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Após duas diásporas e inúmeras violações de direitos, o povo indígena Krenak, auto-designados Borun do Watú, habitam hoje a região do vale do Rio Doce, encontrando-se mais precisamente à margem esquerda do rio, na cidade de Resplendor–MG. Esse território foi usurpado dos Krenak, sobretudo devido a ardilosa grilagem e invasão das terras por fazendeiros, sendo parcialmente recuperada e demarcada pelos indígenas em 1997. Contudo, ainda hoje o povo krenak luta pela demarcação total do território com a conclusão dos estudos e homologação da Terra Indígena de Sete Salões, localizado à margem direita do rio.

A luta não se findou com o retorno ao território, pois ao retornarem para o território as terras se encontravam em estado de completa devastação, em especial por conta da criação de gado e exploração de madeira realizada durante anos pelos invasores ditos fazendeiros. Nos dias atuais, outros inimigos também se fazem presentes, como é o caso de grandes mineradoras que exploram e devastam o vale do rio Doce, ocasionando crimes como o rompimento da barragem de Fundão, responsável por assolar diversas vidas e matar o Watú.

Diante da violação à terra deixada pelos grileiros, grandes áreas encontram-se escassas de recursos hídricos, material para artesanatos e para pintura, sendo dificultada as práticas culturais no território. Portanto, viu-se a necessidade de investir na preservação ambiental, recuperação de nascentes e das áreas degradadas.

Por essa razão, os irmãos Shirley Krenak, Douglas Krenak e Geovani Krenak vêm realizado um trabalho pessoal e com recursos próprios de modo a empenhar esforços para recuperação de 16 hectares que se encontravam completamente degradados. O projeto teve início com a recuperação de nascentes, visto que o território se encontrava escasso de água. Com a retomada delas, foi possível o início do reflorestamento e a energia da mãe-terra começou a animar esse pequeno espaço.

Contudo, a maior dificuldade na recuperação das terras parte da arrecadação de recursos financeiros. Desta forma, todo o trabalho é realizado de forma manual e baseada nos conhecimentos originários, assim é preciso paciência e determinação, já que os recursos são poucos e o trabalho é intenso.


Caso você queira contribuir neste e em outros projetos, aqui no nosso site você pode realizar sua doação e se tornar um parceiro do Instituto Shirley Djurkunã Krenak.








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Sou Shirley Djukurnã Krenak, uma mulher nativa da terra brasilies. Desde meus 13 anos de idade, respondo ao chamado da mãe-terra para ser uma representante dos direitos indígenas e, principalmente, lutar pela preservação do meio-ambiente e da espiritualidade ancestral.

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