Hoje celebramos aqueles e aquelas que ensinam com o coração, com a palavra e com o exemplo.
Ser professor é muito mais do que transmitir conhecimentos: é cultivar sabedoria, despertar consciências e fortalecer caminhos de transformação.

Nas aldeias, nas escolas, nas florestas e nas cidades, o ato de ensinar é também um ato de resistência, de amor à vida e de compromisso com o futuro.

Cada gesto de ensino é um gesto de cuidado. Cada palavra compartilhada é uma semente que germina no coração de quem aprende.

Para os povos indígenas, o ensinamento nasce da Terra, dos rios, das montanhas e dos mais velhos, que são os primeiros mestres.

A natureza é o livro vivo onde se aprende o equilíbrio, o respeito e a reciprocidade.
O vento ensina o movimento, a árvore ensina a paciência e o rio ensina o caminho.
Aprender é, antes de tudo, escutar — escutar a palavra dos ancestrais, o som da floresta e o silêncio que revela sabedoria.

Cada lição é uma semente plantada no tempo, carregada de memória, ancestralidade e esperança.
Ao ensinar, os professores indígenas mantêm viva a língua, a cultura e as histórias do povo.
Eles não apenas formam mentes — formam pertencimentos, fortalecem identidades e garantem que as novas gerações caminhem com orgulho sobre a terra que as sustenta.

Os professores são guardiões do saber e da palavra, mediadores entre o passado e o futuro, entre o mundo dos sonhos e o mundo das ações.

Nas aldeias, nas salas de aula, sob as sombras das árvores ou às margens do rio, continuam a ensinar com humildade e amor, lembrando que a verdadeira educação é aquela que desperta o ser para o sentido da vida e para o cuidado com o outro.

Hoje, honramos todos os professores e professoras — especialmente aqueles e aquelas que, em suas comunidades, mantêm acesa a chama do conhecimento ancestral, cuidando da memória, da cultura e do espírito coletivo.

Seu trabalho é sagrado, porque educar é também curar, proteger e fazer florescer a humanidade que habita em cada um de nós.